China desenvolve o computador mais rápido do mundo
Apresentado nesta quinta-feira (28) em Pequim, o Tianhe-1A tem um recorde de desempenho de 2.507 petaflops
Nesta quinta-feira (28), durante a reunião anual da National High Performance Computing, em Pequim, na China, foi apresentado o computador mais rápido do mundo: o Tianhe-1A.
O aparelho tem um recorde de desempenho de 2.507 petaflops (operações de ponto flutuante por segundo). A grosso modo, o petaflop indica a quantidade de cálculos que a máquina é capaz de realizar neste período de tempo. Logicamente, quanto maior este valor, mais rápido é o computador.
Para atingir o novo recorde de performance, o supercomputador usou 14.336 processadores Intel Xeon e custou US$ 88 milhões. Ele pesa 155 toneladas e todo o sistema consome 4.04 megawatts de eletricidade.
Para se ter uma ideia, o Tianhe-1A derrubou o recorde anterior do Cray XT5, que atualmente é usado pelo Centro Nacional dos Estados Unidos para Ciências da Computação no Estado de Tenneessee.
O Tianhe-1A foi concebido pela Universidade Nacional de Defesa de Tecnologia (NUDT) da China e já está em pleno funcionamento.
fonte: Olhar Digital
sexta-feira, 29 de outubro de 2010
Crackers Exploram Vulnerabilidade no Firefox
É bastante raro os invasores conseguirem explorar vulnerabilidades desconhecidas no Firefox. Um zero day exploit para Firefox havia surgido em meados do ano passado, mas no momento ele não estava sendo ativamente explorado para ataques. A Fundação Mozilla confirmou a existência da vulnerabilidade nas versões 3.6 e 3.5 e classificado como crítico. A Mozilla está trabalhando em um patch, mas até isso ficar pronto há uma recomendação para que os usuários desativem o JavaScript ou utilizem o plug-in NoScript.
O site do Prêmio Nobel da Paz já foi desinfectado, mas a Fundação Mozilla acredita que haja outros sites por aí que estejam usando o exploit para distribuir malware. Não se sabe quantos usuários pode ter sido vítima do ataque. De acordo com a análise da Trend Micro, o exploit apenas tenta infectar as versões mais antigas do Windows usando o Firefox 3.6.x. O ataque permanece inativo quando confrontado com o Windows 7 e Windows Vista (que detecta através do cabeçalho do navegador) - provavelmente porque há muitos obstáculos relativos à segurança a serem superados com esses sistemas operacionais. O exploit instala um back door (BKDR_NINDYA.A.) que faz contato com um número de servidores.
Saiba Mais:
[1] Aftenposten.no: http://www.aftenposten.no/forbruker/...cle3874492.ece
[2] Nobel Peace Prize: http://nobelpeaceprize.org/
quarta-feira, 27 de outubro de 2010
Calculando a distância
Calculando a distância
O sinal transmitido pelo ponto de acesso é espalhado por uma grande área, de forma que apenas uma pequena quantidade da energia irradiada é efetivamente captada pela antena receptora. Vamos então a uma outra tabela, dessa vez com a perda teórica em um ambiente livre de obstáculos:
500 m | -94.4 dB |
1 km | -100.4 dB |
2 km | -106.4 dB |
4 km | -112.4 dB |
Como disse, estes números são puramente teóricos, a começar pelo fato de que não temos (pelo menos não dentro da atmosfera do nosso planeta) um ambiente completamente livre de obstáculos, já que a própria umidade do ar atenua o sinal em certa intensidade.
Em um ambiente real, você poderia calcular uma perda de 117 dB para uma distância de 2 km em campo aberto, com um acréscimo de 6 a 9 dB cada vez que a distância dobra.
A margem é necessária, pois em uma situação real você raramente consegue obter um alinhamento perfeito das antenas e fatores ambientais, como o vento e a chuva podem balançá-las (tirando-as da posição ideal). Além disso, variações da umidade afetam o sinal, de forma que o sinal é mais atenuado em dias chuvosos, o que é um dos grandes problemas dos provedores que oferecem acesso wireless. Sem uma boa margem de tolerância, sua rede poderá funcionar bem nos dias de tempo bom, mas ficar instável nos dias nublados ou durante as chuvas.
Subtraindo a perda da potência inicial do sinal, obtemos o valor que chega até o cliente. Se a potência inicial (incluindo o ganho da antena) é de 19 dBm e a perda causada pelo percurso (incluindo os obstáculos) é de 117 dB, por exemplo, significa que o cliente receberá um sinal de apenas -98 dBm. Se a potência de transmissão fosse aumentada para 26 dBm, ele receberia -91 dBm e assim por diante.
Veja que aqui estamos falando em valores negativos, que consistem em apenas uma pequena fração de milliwatt. Como vimos, um sinal de 1 milliwatt equivale a 0 dBm e precisamos dobrar a potência do sinal para cada 3 dBm adicionais. Da mesma forma, cada vez que dividimos a potência do sinal pela metade, subtraímos 3 dBm, de forma que -3 dBm equivalem a 0.5 milliwatt, -6 dBm correspondem a 0.25 e assim por diante. Se você fizer a conta, vai ver que -98 dBm corresponde a um valor realmente muito baixo.
Ao receber o sinal, o cliente precisa amplificá-lo, de forma que ele possa ser processado. Entra em cena então outra especificação importante, que é a sensibilidade de recepção (receive sensitivity), que corresponde ao nível mínimo de sinal que o cliente precisa para receber os dados, com um volume aceitável de erros de recepção.
Ao criar um link de longa distância, é importante usar pontos de acesso e placas com a maior sensibilidade possível. Tenha em mente que uma diferença de apenas 6 dB na recepção permite obter o dobro do alcance, utilizando as mesmas antenas. Este acaba sendo o principal diferencial entre placas de diferentes fabricantes, mesmo quando elas são baseadas no mesmo chipset.
Uma dica é que os pontos de acesso e placas 802.11g atuais oferecem em geral uma recepção melhor do que produtos antigos, baseados no padrão 802.11b (mesmo se utilizadas as mesmas antenas), devido a melhorias nos chipsets.
Os aparelhos baseados no 802.11n oferecem uma taxa de transferência muito maior a curtas distâncias, devido ao uso do MIMO, mas esta característica é praticamente inútil em links de longa distância, onde normalmente utilizamos uma única antena. O 802.11n oferece algumas melhorias adicionais no sistema de correção de erros e na transmissão do sinal, que reduzem o overhead da transmissão em relação ao 802.11g, resultando em um certo ganho na taxa de transmissão (mesmo com uma única antena), mas não espere muito. Note também que um grande número de pontos de acesso 802.11n utilizam antenas fixas, o que os tira da lista de opções.
Você encontra a relação entre o nível mínimo de sinal para cada taxa de transferência nas especificações da placa ou do ponto de acesso. A maioria dos dispositivos trabalha com um valor mínimo de -92 dBm e alguns chegam a -95 dBm (note que a sensibilidade de recepção não está necessariamente relacionada à potência de transmissão). Entretanto, esse valor corresponde à taxa de transmissão mínima, a 1 megabit. Para que a rede possa trabalhar a velocidades mais altas, é necessário um sinal mais forte. Aqui vai uma tabela de referência para que você possa ter uma idéia. Os valores podem variar em até 6 dBm, de acordo com a marca e o modelo da placa:
1 mbps | -92 dBm |
2 mbps | -91 dBm |
5.5 mbps | -90 dBm |
9 mbps | -88 dBm |
12 mbps | -87 dBm |
18 mbps | -86 dBm |
24 mbps | -83 dBm |
36 mbps | -80 dBm |
48 mbps | -74 dBm |
54 mbps | -72 dBm |
Pela tabela podemos ver que um sinal de -98 dBm é muito baixo, mesmo para criar um link de apenas 1 megabit. Para cada redução de 3 dB no sinal, temos uma redução de 50% na potência, de forma que -98 dBi corresponde a apenas um quarto de -92 dBi, que seria o mínimo para estabelecer a conexão, dentro das especificações da tabela.
Como citei anteriormente, o ganho da antena afeta também a habilidade de recepção do cliente, de forma que seria possível estabelecer a conexão com sucesso usando uma antena de maior ganho no cliente, que permitisse elevar o sinal de -98 dBm até o nível mínimo necessário.
Uma simples antena setorial ou yagi com 8 dBi de ganho, devidamente apontada para a antena do ponto de acesso remoto, seria suficiente para elevar o sinal ao nível mínimo (a 1 megabit), mas seria necessário usar uma antena com pelo menos 26 dBi para ter uma chance de efetuar a conexão na velocidade máxima, a 54 megabits.
Uma antena de 26 dBi de ganho seria muito cara e volumosa, e a instalação seria difícil, já que tanto ganho resulta em um sinal muito focalizado. Nesse caso, seria muito mais simples usar uma antena de maior ganho no ponto de acesso, mantendo o cliente com uma antena de 8 ou 12 dBi.
No exemplo, estamos emitindo um sinal de 19 dBi, o que corresponde à potência inicial do ponto de acesso, usando a antena padrão, de 2 dBi. Se a substituíssemos por uma antena de 16 dBi a potência do sinal já subiria de 19 (17+2) para 33 dBi (17+16). Descontada a atenuação, o cliente recebia (em teoria) um sinal de -84 dBi, o que reduziria e muito o ganho necessário para chegar nos -72 dBi necessários para efetuar a conexão a 54 megabits.
A fórmula para calcular o sinal que chega efetivamente ao receptor é:
Potência de transmissão + ganho da antena - perda de sinal + ganho da antena receptora
Calculando a potência de transmissão e recepção
Calculando a potência
A potência total de saída é obtida convertendo a potência do transmissor, de milliwatts para dBm e, em seguida, somando o ganho da antena (em dBi). Duas calculadoras que oferecem a opção são:
Como comentei, a maioria dos modelos domésticos de pontos de acesso trabalham com 17.5 dBm (56 milliwatts) ou 18 dBm (63 milliwatts) de potência, mas existem modelos com apenas 15 dBm (31.6 milliwatts) e, no outro extremo, alguns modelos com até 400 milliwatts (26 dBm), como o Senao ECB-3220 e o OVISLINK WL-5460:
É importante notar que, em muito casos, a potência anunciada pelo fabricante inclui o ganho da antena, de forma que um ponto de acesso com sinal de 20 dBm pode ser, na verdade, um ponto de acesso com transmissor de 18 dBm e uma antena de 2 dBi. Nesse caso, você obteria 24 dBm ao substituir a antena padrão por uma antena de 6 dBi e não 26 dBm (20+6) como poderia pensar à primeira vista. Uma diferença de 2 dBm pode parecer pequena, mas na verdade equivale a um aumento de 66% na potência do sinal, daí a importância de checar as especificações com atenção.
A lógica é simples. Nenhuma antena irradia o sinal igualmente em todas as direções. Mesmo as antenas ominidirecionais irradiam mais sinal na horizontal que na vertical. Isso significa que o sinal é concentrado dentro da área de transmissão da antena, tornando-se mais forte. Como vimos, quanto maior o ganho da antena, mais concentrado e forte é o sinal, fazendo com que ele seja capaz de percorrer distâncias maiores e superar mais obstáculos. Se a potência de transmissão nominal é de 400 mW, o uso de uma antena de 2.2 dBi faria com que, na prática, tivéssemos uma potência de transmissão de 880 mW (29.4 dBm).
Se a antena padrão fosse substituída por uma antena yagi com ganho de 18 dBi, a potência de transmissão subiria para 44 dBm e, se a antena tivesse 24 dBi, subiria para impressionantes 50 dBm. Na prática, os valores seriam um pouco mais baixos, devido à perda introduzida pelo cabo e pelos conectores, mas ainda assim os números seriam impressionantes.
Mesmo um ponto de acesso mais simples, com um transmissor de 56 milliwatts (17.5 dBm), pode atingir uma boa potência de transmissão se combinado com uma antena de bom ganho. Mesmo usando uma antena setorial de 12 dBi, a potência total de transmissão já seria de 29.5 dBm, o que equivale a 891 milliwatts. A principal diferença é que nesse caso o sinal seria concentrado em uma área muito menor, tornando-o utilizável para um link de longa distância, mas não para uma rede doméstica, onde o sinal precisa ficar disponível em todo o ambiente.
Em se tratando de links de longa distância, é preciso ter em mente que a potência de transmissão do ponto de acesso não está necessariamente relacionada à sua sensibilidade de recepção, e a falha em captar o sinal do cliente também leva à perda da conexão. Ou seja, para obter um ganho tangível, é necessário usar produtos com uma maior potência de transmissão dos dois lados do link.
Uma antena de alto ganho (corretamente focalizada), por outro lado, aumenta tanto a potência de transmissão quanto a sensibilidade de recepção, já que é capaz de concentrar o sinal em ambas as direções.
É por isso que instalar uma antena yagi na placa do seu notebook permite que ele consiga se conectar a redes tão distantes, mesmo sem modificações nos respectivos pontos de acesso.
Redes wireless, parte 4: Antenas e conectores
Antenas direcionais
Em seguida temos as antenas direcionais, que além de concentrarem o sinal na vertical, concentram-no também na horizontal, fazendo com que, em vez de um ângulo de 360 graus, o sinal seja concentrado em um ângulo de 90 graus ou menos.
As primeiras em ordem hierárquica são as antenas setoriais, que concentram o sinal em um ângulo de aproximadamente 90 graus, ou seja, um quarto de um círculo completo. Se instaladas no canto de um galpão ou cômodo, elas distribuem o sinal em todo o ambiente, deixando pouco sinal vazar no outro sentido. A maioria das antenas setoriais trabalham com ganho de 12 a 17 dBi. Embora no papel a diferença possa parecer pequena, uma antena de 17 dBi trabalha com uma potência de transmissão pouco mais de 3 vezes maior que uma de 12 dBi.
Duas variações das antenas setoriais são as patch antennas (antenas de painel) e as round patch antennas (antenas circulares).
As patch antennas são antenas quadradas, que contêm internamente uma folha de metal. Elas trabalham com um ângulo de cobertura mais aberto do que as antenas setoriais, mas em compensação oferecem menos ganho, servindo como uma espécie de meio-termo entre elas e as antenas ominidirecionais:
As antenas round patch seguem o mesmo princípio, mas são redondas. Devido a isso, elas são muitas vezes instadas no teto (como se fosse um soquete de lâmpada) de forma a irradiar o sinal igualmente por todo o cômodo.
Em seguida temos as antenas yagi, que oferecem um ganho ainda maior, mas em compensação são capazes de cobrir apenas uma pequena área, para a qual são diretamente apontadas (normalmente em um raio de 24 x 30 graus, ou mais estreito). Você pode imaginar que uma antena yagi emite o sinal em um ângulo similar ao de um cone, resultando em um padrão de transmissão similar ao do diagrama abaixo:
O foco concentrado resulta em um ganho muito maior do que o das antenas setoriais. A maior parte das antenas yagi à venda oferecem ganho de 14 a 19 dBi, mas não é incomum ver antenas com até 24 dBi.
Estas antenas são úteis para cobrir alguma área específica, longe do ponto de acesso, ou interligar duas redes distantes. Usando duas antenas yagi de alto ganho é possível criar links de até 25 km, o que é mais de 150 vezes o alcance inicial.
Para melhores resultados, uma antena deve ficar apontada exatamente para a outra, cada uma no topo de um prédio ou morro, de forma que não exista nenhum obstáculo entre as duas. Em instalações profissionais é usado um laser para fazer um ajuste fino no final da instalação, "mirando" as duas antenas:
As yagi são também o melhor tipo de antena a usar quando é preciso concentrar o sinal para "furar" um obstáculo entre as duas redes, como, por exemplo, um prédio bem no meio do caminho. Nestes casos a distância atingida será sempre mais curta, naturalmente.
Uma solução muito adotada nestes casos é usar um repetidor instalado em um ponto intermediário, permitindo que o sinal desvie do obstáculo. Existem até mesmo pontos de acesso extremamente robustos, desenvolvidos para uso industrial, que além de um gabinete reforçado utilizam placas solares e baterias, que permitem a eles funcionar de forma inteiramente autônoma:
A maioria das antenas yagi é coberta por um "tubo", que protege a antena das intempéries e melhora o aspecto visual, mas a antena propriamente dita tem um formato de espinha de peixe. É justamente este formato que permite que o sinal seja tão concentrado:
As antenas feitas com tubos de batatas Pringles seguem o conceito de funil defletor e se comportam justamente como um tipo de antena yagi de baixo ganho.
Outra dica é que, no caso dos pontos de acesso 801.11b/g com duas antenas, você pode usar uma antena convencional em uma das saídas (para manter o sinal em um raio circular, atendendo aos micros próximos) e usar uma antena yagi na outra, de forma a melhorar a cobertura em algum ponto cego, ou para atender um cliente distante do ponto de acesso. Na verdade, o ponto de acesso transmite o mesmo sinal usando ambas as antenas, simplesmente selecionando a que oferece um sinal de melhor qualidade com relação a cada cliente.
Esta técnica é chamada de "antenna diversity" (variação de antenas) e melhora a qualidade da recepção, prevenindo o aparecimento de pontos cegos. Entretanto, como a segunda antena não é obrigatória, cada vez mais fabricantes optam por produzir pontos de acesso com uma única antena, de forma a cortar custos.
Os pontos de acesso 802.11n, por sua vez, utilizam o MIMO, um sistema mais sofisticado, onde cada uma das antenas transmite um sinal independente e o ponto de acesso se encarrega de remontar o sinal original combinando os sinais, além de levar em conta fatores como a reflexão do sinal por paredes e outros objetos. O uso do MIMO é um dos principais fatores que permite que os produtos 802.11n ofereçam uma taxa de transmissão e alcance maiores que os 802.11g.
Embora (no 802.11n) todas as antenas sejam usadas simultaneamente, o ponto de acesso é capaz de operar com apenas duas ou mesmo com uma única antena, mas nesse caso a velocidade de transmissão é reduzida, de forma que a idéia de substituir uma das antenas por uma antena direcional não funciona tão bem em redes 802.11n.
Continuando, temos as antenas parabólicas, que também captam o sinal em apenas uma direção, de forma ainda mais concentrada que as yagi, permitindo que sejam atingidas distâncias ainda maiores. A maioria das antenas parabólicas destinadas a redes WI-FI utilizam uma grelha metálica no lugar de um disco sólido, o que reduz o custo e evita que a antena seja balançada pelo vento, saindo de sua posição ideal. Por causa disso, elas são também chamadas de antenas de grelha, ou grid antennas, em inglês.
A maioria das miniparabólicas disponíveis no mercado oferecem ganhos de 22 a 24 dBi, mas pesquisando é possível encontrar antenas com ganhos ainda maiores. Para uso profissional, existe também a opção de usar antenas parabólicas com refletor sólido, que oferecem ganhos de até 32 dBi. Entretanto, devido ao alto ganho, é muito difícil usar uma (legalmente) sem obter a licença apropriada junto à Anatel (veja mais detalhes sobre essa questão da legislação a seguir).
Usar uma antena de maior ganho aumenta tanto a capacidade de transmissão quanto de recepção do ponto de acesso, permitindo tanto que o sinal transmitido se propague por uma distância maior quanto que ele seja capaz de captar o sinal fraco de clientes distantes, desde que eles sejam instalados dentro do foco da antena (que se torna cada vez mais estreito conforme aumenta o ganho).
Ao criar links de longa distância, é necessário usar antenas de alto ganho tanto no ponto de acesso quanto no cliente, o que soma o ganho das duas antenas, aumentando exponencialmente o alcance. Em situações ideais, é possível criar links com 25 ou até mesmo 30 km, combinando duas antenas de alto ganho, perfeitamente alinhadas.
Uma curiosidade é que alguns fabricantes estão passando também a incorporar placas wireless USB às antenas, de forma a torná-las mais atrativas, permitindo que você instale a placa com a antena diretamente em uma porta USB disponível, sem precisar se preocupar com pigtails e conectores. Como os adaptadores wireless USB estão cada vez mais baratos, isso tende a se tornar mais comum.
Redes wireless, parte 4: Antenas e conectores
Antenas omnidirecionais
As antenas usadas por padrão nos pontos de acesso são chamadas de dipole ou omnidirecionais, pois irradiam o sinal em todas as direções, permitindo que você se conecte à rede a partir de qualquer ponto na área em torno do ponto de acesso. Na verdade, o "em todas as direções" é uma figura de linguagem, pois as antenas concentram o sinal na horizontal, em um raio de 360 graus, irradiando, em compensação, pouco sinal na vertical.
Você pode imaginar que, ao utilizar uma antena ominidirecional, o sinal emitido pelo ponto de acesso tem formato de um donut, como você pode ver neste gráfico:
É por isso que as antenas do ponto de acesso devem ficar sempre na posição vertical, a menos é claro que você queira que o sinal seja irradiado na vertical, de forma a conseguir se conectar à rede quando estiver no andar de cima, por exemplo. Ao instalar o ponto de acesso, o ideal é que ele fique em uma posição central e um pouco mais alto que os móveis e demais obstáculos, de forma que o sinal possa trafegar até os clientes sem muitos desvios. Se instalar o ponto de acesso em uma posição central não for possível, considere usar uma antena setorial ou um defletor caseiro (veja a seguir), de forma a direcionar o sinal para a área desejada.
Continuando, sempre que possível, as antenas nos clientes devem sempre estar alinhadas (também de pé) em relação à antena do ponto de acesso, para uma melhor recepção. Caso o cliente use algum tipo de antena mini-yagi, então a antena deve ficar apontada para o ponto de acesso.
Por não irradiar muito sinal na vertical, concentrando-o na horizontal, uma antena ominidirecional típica oferece um ganho de 2.2 dBi, o que equivale a um aumento de 65% na potência de transmissão (e também na qualidade da recepção) em relação a uma antena (teórica) que irradiasse o sinal igualmente em todas as direções.
A partir daí, é possível aumentar a potência de transmissão do ponto de acesso de duas maneiras:
A) Usando um amplificador de sinal, de forma a aumentar a potência de transmissão do ponto de acesso.
B) Substituindo a antena padrão por uma antena de maior ganho, ou seja, por uma antena que concentre o sinal, permitindo que ele atinja distâncias maiores.
A opção A (usar um amplificador) é uma forma de resolver o problema na base da força bruta. Usando um amplificador, é possível aumentar a potência de transmissão do ponto de acesso (ou da placa wireless) para até 1 watt, que é o máximo permitido pela legislação.
A grande maioria dos pontos de acesso trabalha com menos de 100 milliwatts de potência de transmissão, de forma que 1 watt significa um ganho considerável. Ao usar um amplificador, é importante escolher um amplificador bidirecional (que amplifica nas duas direções, atuando também sobre sinal recebido dos clientes), caso contrário o alcance prático da rede ficará limitado pela potência de transmissão dos clientes (afinal, se o ponto de acesso não recebe o sinal do cliente, não é possível abrir o canal de comunicação).
Muitos pontos de acesso permitem ajustar a potência de transmissão, mas normalmente o ajuste é liberado apenas para baixo. Ou seja, você pode reduzir a potência de transmissão, de forma a intencionalmente reduzir a área de cobertura da rede (o que ajuda na questão da segurança), mas não aumentar:
Grande parte dos pontos de acesso utilizam transmissores com uma potência maior, mas ela é limitada via firmware, de forma a atender as normas das agências reguladoras de diversos países. Em muitos casos, é possível "destravar" o ponto de acesso, permitindo usar toda a potência disponível através de firmware alternativo.
Dois exemplos são o OpenWRT (http://openwrt.org/) e o DD-WRT (http://www.dd-wrt.com) que oferecem suporte a um grande número de pontos de acesso. Note que regravar o firmware pode inutilizar o ponto de acesso caso ele não seja suportado, ou caso algo dê errado durante o processo, por isso não deixe de checar as listas de compatibilidade e as instruções de instalação.
Diferentemente de um amplificador bidirecional, que irá amplificar tanto a transmissão, quanto a recepção do sinal dos clientes, amplificar o sinal do ponto de acesso melhora apenas a transmissão no sentido ponto de acesso > cliente, sem fazer nada para melhorar a recepção das transmissões dos clientes. Devido a isso, o alcance da rede continuará basicamente o mesmo, mas teremos ganhos com relação à recepção dos clientes, permitindo que eles obtenham um sinal mais estável e taxas de download mais altas quando dentro da área de cobertura. Em outras palavras, você obtém parte dos benefícios de usar um amplificador sem precisar colocar a mão no bolso.
Em seguida temos a opção B, que consiste em utilizar uma antena de maior ganho, que concentra o sinal em uma única direção, aumentando, assim, a potência efetiva de transmissão. Quando mais estreito o foco da antena, mais concentrado é o sinal.
O ganho da antena é medido em dBi, sendo que um ganho de 3 dBi equivale ao dobro da potência de transmissão e um ganho de 10 dBi equivale a um aumento de 10 vezes. Usar antenas de alto ganho tanto no ponto de acesso quanto no cliente permite criar links wireless de longa distância, indo muito além dos 150 metros nominais.
Existem no mercado antenas omnidirecionais com maior ganho, que podem substituir diretamente as antenas do ponto de acesso. Temos aqui uma antena de 5 dBi ao lado de uma antena padrão de 2.2 dBi:
Antenas omnidirecionais maiores, de uso externo, podem oferecer ganhos de 10 ou até mesmo 15 dBi. O sinal continua sendo transmitido em todas as direções na horizontal, mas o ângulo vertical se torna muito mais estreito em relação ao oferecido pelas antenas padrão, ou seja, o maior ganho da antena não faz com que ela transmita mais sinal, mas apenas com que concentre a transmissão em uma faixa mais estreita:
Redes wireless, parte 4: Antenas e conectores
Redes wireless, parte 4: Antenas e conectores
Assim como em outras tecnologias de transmissão via rádio, a distância que o sinal é capaz de percorrer depende também da qualidade e do tipo da antena usada. As antenas dipole utilizadas por padrão nos pontos de acesso são pequenas, práticas e baratas, mas existe a opção de utilizar antenas mais sofisticadas para aumentar o alcance da rede.
O alcance típico de uma rede 802.11g é de 30 metros em espaços fechados (como uma casa ou um prédio, onde existem paredes e outros obstáculos) e 150 metros em campo aberto, sem obstáculos. Entretanto, como vimos anteriormente, a distância máxima e a qualidade do sinal (e, conseqüentemente, a velocidade de transmissão) podem variar bastante de um modelo de ponto de acesso para outro, de acordo com a qualidade e potência do transmissor e do ganho da antena usada pelo fabricante, sem contar os obstáculos presentes entre o ponto de acesso e o cliente. Vamos então a dicas de como aumentar o alcance da sua rede e criar links de longa distância.
Redes wireless, parte 2: Padrões
802.11g
Em seguida temos o 802.11g que, apesar do crescimento do 802.11n, ainda é utilizado na maioria das instalações. Ele utiliza a mesma faixa de freqüência do 802.11b: 2.4 GHz. Isso permite que os dois padrões sejam intercompatíveis. A idéia é que você possa adicionar placas e pontos de acesso 802.11g a uma rede 802.11b já existente, mantendo os componentes antigos, do mesmo modo como hoje em dia temos liberdade para adicionar placas e switches Gigabit Ethernet a uma rede já existente de 100 megabits.
Apesar disso, a velocidade de transmissão no 802.11g é de 54 megabits, como nas redes 802.11a. Isso foi possível porque o padrão 802.11g é mais recente e por isso incorpora novas tecnologias de modulação de sinal. Uma analogia poderia ser feita com relação às placas de rede Gigabit Ethernet, que são capazes de trabalhar utilizando os mesmos cabos cat 5e utilizados pelas placas de 100 megabits.
Na prática, é possível atingir taxas de transmissão reais em torno de 3.4 MB/s, tanto nas redes 802.11g quanto nas 802.11a, ao contrário do que os 54 megabits teóricos sugerem. Isso acontece porque as redes wireless utilizam o ar como meio de transmissão, o que as torna muito mais propensas a problemas e interferência do que as redes cabeadas, que utilizam cabos de cobre ou de fibra óptica. Para que os dados sejam transmitidos de forma confiável, é necessário incluir um pesado protocolo de transmissão e correção de erros, o que faz com que a percentagem de bits "úteis" transmitidos seja relativamente baixa.
Além da perda causada pelo protocolo de controle (que se enquadra na camada 2 do modelo OSI), temos mais uma pequena perda causada pelo protocolo TCP/IP (camadas 3 e 4), sem falar do overhead introduzido pelos aplicativos (camada 7). Juntando tudo isso, a velocidade real da rede wireless acaba sendo quase metade da taxa teórica, ou seja, para cada byte de dados úteis, a placa acaba precisando transmitir dois. Nas redes cabeadas também existe overhead, mas ele é proporcionalmente muito menor.
Conforme aumenta a distância, as placas lançam mão de outro artifício para manter a estabilidade do sinal: reduzem a taxa de transmissão, como alguém que passa a falar mais devagar quando a ligação telefônica está ruim. No caso das redes 802.11g, a taxa cai, sucessivamente, de 54 megabits para 48, 36, 24, 18, 12, 11, 9, 6, 5.5, 2 ou 1 megabit, até que o sinal finalmente se perde completamente. Com a rede operando a 11 megabits (a mesma taxa de transmissão das redes 802.11b), por exemplo, a taxa de transferência real fica abaixo dos 750 KB/s.
Na maioria dos pontos de acesso, é possível definir uma taxa fixa de transmissão (no lugar do valor "Auto", que é o default), o que permite que a taxa seja ajustada conforme necessário. Com isso, você pode forçar a rede a operar sempre a 54 megabits, por exemplo, sem permitir que os clientes chaveiem para as taxas mais lentas. Entretanto, fazendo isso você vai perceber que o alcance da rede será drasticamente reduzido.
No outro extremo, em situações onde o sinal é ruim devido à distância ou a fontes diversas de interferência, reduzir voluntariamente a taxa de transmissão pode tornar a rede mais estável, evitando que os clientes percam tempo tentando chavear para os modos mais rápidos.
Configuração da taxa de transmissão na configuração do ponto de acesso
Outro problema é que, como citei anteriormente, a taxa de transmissão é compartilhada entre todos os micros, diferente de uma rede cabeada baseada em um switch, onde várias transmissões podem ocorrer simultaneamente, cada uma na velocidade máxima permitida pela rede. Isso ocorre devido ao compartilhamento da mídia de transmissão (o ar), que é compartilhado por todas as estações, similar ao que temos em uma rede 10BASE-2 antiga, com cabos coaxiais.
Nas redes 802.11b e 802.11g estão disponíveis 11 canais de transmissão (originalmente são 14, mas três deles não podem ser usados devido à questão da legislação), que englobam as freqüências de 2.412 GHz (canal 1) a 2.462 GHz (canal 11), com intervalos de apenas 5 MHz entre eles.
Como os canais utilizam uma banda total de 22 MHz (em muitas citações, o valor é arredondado para 20 MHz), as freqüências acabam sendo compartilhadas, fazendo com que redes operando em canais próximos interfiram entre si. O canal 6, cuja freqüência nominal é 2.437 GHz, opera na verdade entre 2.426 e 2.448 GHz, invadindo as freqüências dos canais 2 até o 10. Veja só:
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Como pode ver na tabela, os canais 1, 6 e 11 são os únicos que podem ser utilizados simultaneamente sem que exista nenhuma interferência considerável entre as redes (em inglês, os três são chamados de "non-overlapping channels" ou seja, canais que não se sobrepõem). Ao configurar uma rede com três pontos de acesso, você obteria (presumindo que não existissem outras redes próximas) um melhor desempenho configurando cada um deles para usar um dos três canais, em vez de usar canais próximos, como 3, 5 e 7, por exemplo.
Em situações onde é necessário usar 4 canais simultaneamente, a melhor opção é usar os canais 1, 4, 8 e 11. Neste caso você se sujeita a uma certa dose de interferência, mas ela é muito menor do que ao escolher canais mais próximos.
Como você deve ter imaginado quando disse "nenhuma interferência considerável" a dois parágrafos atrás, existe sim uma certa interferência entre os canais, mesmo ao utilizar os canais 1, 6 e 11. Como você pode ver no gráfico abaixo (gerado através de analisador de espectro), fornecido pela Atheros, a potência do sinal cai rapidamente ao sair da faixa de 22 MHz usada, mas não desaparece completamente, invadindo a faixa dos demais canais. O gráfico mostra placas com chipsets da Broadcom (a idéia do gráfico da Atheros parece ser justamente atacar a concorrente), mas teríamos gráficos muito similares usando placas de outros fabricantes:
Gráfico que mostra o "vazamento" do sinal wireless, que invade os outros canais do espectro, gerando interferência
Apesar disso, a interferência não é considerável, pois existe uma diferença de cerca de 30 dB entre a potência do sinal dentro da faixa de freqüência e a parcela que vaza para as freqüências próximas. Se fosse uma percentagem, "30" seria uma diferença relativamente pequena, mas como estamos falando em decibéis, temos na verdade uma proporção de 1 para 1000.
Note que quando falo em "interferir", não significa que as redes param de funcionar, mas sim que a taxa de transmissão é reduzida. Se temos duas redes próximas, operando no mesmo canal, ambas com clientes transmitindo simultaneamente teremos, na melhor das hipóteses, a taxa de transmissão dividida pela metade (1.7 MB/s ou menos para cada rede), sem contar os pacotes corrompidos ou perdidos, que precisam ser retransmitidos. Devido a isso a taxa efetiva de transferência acaba sendo dividida não apenas entre os clientes da sua própria rede, mas também de redes próximas, o que acaba se tornando um problema em áreas densamente povoadas.
No Brasil é permitido também o uso dos canais 12 (2.467 GHz) e 13 (2.472 GHz), assim como na maior parte dos países da Europa. Entretanto, a maioria dos equipamentos que chegam ao nosso mercado operam dentro dos 11 canais permitidos nos EUA, que é, afinal o principal mercado consumidor. Em alguns casos é possível "destravar" o uso dos canais adicionais através de uma opção na configuração, ou através de um upgrade de firmware, mas nem sempre, de forma que acaba sendo mais fácil se conformar em utilizar um dos 11 canais do que ter que se preocupar em usar apenas equipamentos que permitam o uso dos canais adicionais.
Devido à questão do compartilhamento da banda e da interferência, as redes wireless acabam sendo mais adequadas para compartilhar a conexão com a web e outros recursos que envolvam baixo de uso de banda. Não seria a melhor opção para um grande escritório onde os usuários precisam transferir grandes quantidades de arquivos, por exemplo. Nesse caso, uma rede mista, onde a maioria dos clientes utilizam a rede cabeada e apenas quem precisa de mobilidade utiliza a rede wireless, seria uma melhor opção.
Continuando, a grande maioria das placas wireless 802.11g são também compatíveis com o padrão 802.11b, o que mantém a compatibilidade com pontos de acesso do padrão anterior. Apesar de estar caindo em desuso, o 802.11b ainda é usado em muitas instalações, sobretudo em redes para acesso público.
Muitas placas são compatíveis também com o 802.11a, o que fecha a compatibilidade com os três padrões. Em alguns casos, os padrões suportados são indicados de forma bem óbvia, como no caso das placas "Intel PRO/Wireless 2200BG", que suportam os padrões B e G, mas na maioria dos casos você precisa recorrer às especificações da placa. As placas que suportam mais de um padrão são chamadas de placas multimodo.
terça-feira, 26 de outubro de 2010
Redes wireless, parte 2: Padrões
802.11b e 802.11a
Publicado em outubro de 1999, o 802.11b foi o primeiro padrão wireless usado em grande escala. Ele marcou a popularização da tecnologia, permitindo que placas de diferentes fabricantes se tornassem compatíveis e os custos caíssem, graças ao aumento na demanda e à concorrência. Assim como o 802.11 legacy, o 801.11b opera na faixa dos 2.4 GHz.
O padrão seguinte foi o 802.11a (que na verdade começou a ser desenvolvido antes do 802.11b, mas foi finalizado poucos dias depois), que utiliza uma faixa de freqüência mais alta, 5 GHz, e oferece uma velocidade teórica de 54 megabits, porém a distâncias menores, cerca de metade da distância atingida por uma placa 802.11b usando o mesmo tipo de antena.
A faixa de freqüência dos 5 GHz é muito mais "limpa", pois é utilizada por um volume muito menor de dispositivos do que os 2.4 GHz. Além disso, existem muito menos redes 802.11a em uso, o que faz com que as redes 802.11a sejam em geral mais estáveis e menos suscetíveis a interferências. Para redes pequenas, onde você possa se dar ao luxo de escolher quais placas wireless usar e puder se limitar ao uso de placas que suportem o padrão, usar uma rede 802.11a pode ser uma boa opção.
Muitos pontos de acesso de fabricação recente são capazes de operar simultaneamente nas duas faixas de frequência, atendendo tanto clientes com placas 801.11b ou 802.11g quanto clientes 802.11a. Este recurso é interessante, pois permite que você crie uma rede mista, que permita o uso da faixa dos 5 GHz (mais limpa) sem, entretanto, deixar de fora clientes que suportam apenas os padrões B e G.
Para oferecer este recurso, o ponto de acesso precisa incluir dois transmissores independentes, o que encarece o produto. Um exemplo de AP compatível é o Linksys WRT600N, onde você encontra a opção "Network Mode" dentro da seção "Wireless". Usando o valor "Mixed" para as duas seções, você faz com que ele opere simultaneamente nas duas faixas de frequência:
Redes wireless, parte 2: Padrões
Introdução
O 802.11 é um conjunto de padrões criados pelo IEEE para o uso em redes wireless. O padrão 802.11 original, hoje chamado de 802.11-1997 ou 802.11 legacy foi publicado em 1997 e previa taxas de transmissão de 1 e 2 megabits, usando a faixa dos 2.4 GHz, escolhida por ser uma das poucas faixas de freqüência não licenciadas, de uso livre.
Este padrão levou à criação de um pequeno número de produtos, apenas parcialmente compatíveis entre si, mas lançou as bases para o desenvolvimento dos padrões atuais. Estas primeiras placas 802.11 conviveram com placas baseadas em padrões proprietários, incompatíveis entre sí, como o Arlan da Aironet e o WaveLAN, da NCR, que trabalhavam na faixa dos 900 MHz e transmitiam a, respectivamente, 860 kbits e 2 megabits.
Além dos padrões do IEEE, temos também o Wi-Fi (Wireless Fidelity, que pronunciamos como "uai-fái"), uma certificação (opcional) para produtos compatíveis com os padrões, que assegura que eles sejam intercompatíveis.
Apenas os produtos certificados (um processo relativamente caro e demorado) podem ostentar o logo "Wi-Fi Certified", de forma que muitos produtos, sobretudo os produtos mais baratos não passam pela certificação e não são vendidos como produtos Wi-Fi, embora isso não signifique necessariamente que eles sejam incompatíveis ou de qualidade inferior.
É comum que usemos o termo "Wi-Fi" em referência aos produtos baseado nos padrões 802.11 de uma forma geral mas, tecnicamente falando, apenas os produtos que passam pela certificação podem ser chamados de "Wi-Fi", embora na prática isso não faça muita diferença.
Redes wireless, parte 1: Uma introdução
A topologia básica
Em uma rede wireless, o hub é substituído pelo ponto de acesso (access-point em inglês, comumente abreviado como "AP" ou "WAP", de wireless access point), que tem a mesma função central que o hub desempenha nas redes com fios: retransmitir os pacotes de dados, de forma que todos os micros da rede os recebam. A topologia é semelhante à das redes de par trançado, com o hub central substituído pelo ponto de acesso. A diferença no caso é que são usados transmissores e antenas em vez de cabos.
Os pontos de acesso possuem uma saída para serem conectados em um hub/switch tradicional, permitindo que você "junte" os micros da rede com fios com os que estão acessando através da rede wireless, formando uma única rede, o que é justamente a configuração mais comum.
Existem poucas vantagens em utilizar uma rede wireless para interligar micros desktops, que afinal não precisam sair do lugar. O mais comum é utilizar uma rede cabeada normal para os desktops e utilizar uma rede wireless complementar para os notebooks, palmtops e outros dispositivos móveis.
Você utiliza um hub/switch tradicional para a parte cabeada, usando cabo também para interligar o ponto de acesso à rede. O ponto de acesso serve apenas como a "última milha", levando o sinal da rede até os micros com placas wireless. Eles podem acessar os recursos da rede normalmente, acessar arquivos compartilhados, imprimir, acessar a internet, etc. A única limitação fica sendo a velocidade mais baixa e o tempo de acesso mais alto das redes wireless.
Isso é muito parecido com juntar uma rede de 10 megabits, que utiliza um hub "burro" a uma rede de 100 megabits (um uma rede de 100 megabits com uma rede gigabit), que utiliza um switch. Os micros da rede de 10 megabits continuam se comunicando entre si a 10 megabits, e os de 100 continuam trabalhando a 100 megabits, sem serem incomodados pelos vizinhos. Quando um dos micros da rede de 10 precisa transmitir para um da rede de 100, a transmissão é feita a 10 megabits, respeitando a velocidade do mais lento.
Nesse caso, o ponto de acesso atua como um bridge, transformando os dois segmentos em uma única rede e permitindo que eles se comuniquem de forma transparente. Toda a comunicação flui sem problemas, incluindo pacotes de broadcast.
Para redes mais simples, onde você precise apenas compartilhar o acesso à internet entre poucos micros, todos com placas wireless, você pode ligar o modem ADSL (ou cabo) direto ao ponto de acesso. Alguns pontos de acesso trazem um switch de 4 ou 5 portas embutido, permitindo que você crie uma pequena rede cabeada sem precisar comprar um hub/switch adicional.
Com a miniaturização dos componentes e o lançamento de controladores que incorporam cada vez mais funções, tornou-se comum o desenvolvimento de pontos de acesso que incorporam funções adicionais. Tudo começou com modelos que incorporavam um switch de 4 ou 8 portas que foram logo seguidos por modelos que incorporam modelos com funções de roteador, combinando o switch embutido com uma porta WAN, usada para conectar o modem ADSL ou cabo, de onde vem a conexão. Estes modelos são chamados de wireless routers (roteadores wireless).
O ponto de acesso pode ser então configurado para compartilhar a conexão entre os micros da rede (tanto os ligados nas portas do switch quanto os clientes wireless), com direito a DHCP e outros serviços. Na maioria dos casos, estão disponíveis apenas as funções mais básicas, mas muitos roteadores incorporam recursos de firewall, VPN e controle de acesso.
Por estranho que possa parecer, as funções adicionais aumentam pouco o preço final, pois devido à necessidade de oferecer uma interface de configuração e oferecer suporte aos algoritmos de encriptação (RC4, AES, etc.), os pontos de acesso precisam utilizar controladores relativamente poderosos. Com isso, os fabricantes podem implementar a maior parte das funções extras via software, ou utilizando controladores baratos. Isso faz com que comprar um roteador wireless saia bem mais barato do que comprar os dispositivos equivalentes separadamente. A única questão é mesmo se você vai utilizar ou não as funções extras.
Existem ainda roteadores wireless que incluem um modem ADSL, chamados de "ADSL Wireless Routers". Basicamente, eles incluem os circuitos do modem ADSL e do roteador wireless na mesma placa, e rodam um firmware que permite configurar ambos os dispositivos. O link ADSL passa então a ser a interface WAN, que é compartilhada com os clientes wireless e com os PCs ligados nas portas do switch. O quinto conector de rede no switch é então substituído pelo conector para a linha de telefone (line), como neste Linksys WAG54G:
Embora mais raros, você vai encontrar também roteadores com modems 3G integrados (chamados de Cellular Routers ou 3G Routers), que permitem conectar via EVDO (Vivo) ou UMTS/EDGE/GPRS (Claro, Tim e outras), usando um plano de dados. O modem pode ser tanto integrado diretamente à placa principal quanto (mais comum) instalado em um slot PC-Card. A segunda opção é mais interessante, pois permite que você use qualquer placa.
Dois exemplos de roteadores 3G são o Kyocera KR1 e o ZYXEL ZYWALL 2WG. Em ambos os casos os roteadores usam placas externas, que são adquiridas separadamente. O Kyocera suporta tanto modems PC-Card quanto USB, enquanto o ZYXEL suporta apenas modems PC-Card:
Alguns modelos combinam o modem 3G e um modem ADSL, oferendo a opção de usar a conexão 3G como um fallback para o ADSL, usando-a apenas quando o ADSL perder a conexão. Esta combinação é interessante para empresas e para quem depende da conexão para trabalhar, mas resulta em produtos mais caros, que nem sempre são interessantes.
Continuando, além dos pontos de acesso "simples" e dos roteadores wireless, existe ainda uma terceira categoria de dispositivos, os wireless bridges (bridges wireless), que são versões simplificadas dos pontos de acesso, que permitem conectar uma rede cabeada com vários micros a uma rede wireless já existente. A diferença básica entre um bridge e um ponto de acesso é que o ponto de acesso permite que clientes wireless se conectem e ganhem acesso à rede cabeada ligada a ele, enquanto o bridge faz o oposto, se conectando a um ponto de acesso já existente, como cliente.
O bridge é ligado ao switch da rede e é em seguida configurado como cliente do ponto de acesso remoto através de uma interface web. Uma vez conectado às duas redes, o bridge se encarrega de transmitir o tráfego de uma rede à outra, permitindo que os PCs conectados às duas redes se comuniquem.
Usar um ponto de acesso de um lado e um bridge do outro permite conectar diretamente duas redes distantes, sobretudo em prédios diferentes ou em áreas ruais, onde embora a distância seja relativamente grande, existe linha visada entre os dois pontos. Como o trabalho de um bridge é mais simples que o de um ponto de acesso, muitos fabricantes aproveitam para incluir funções de bridge em seus pontos de acesso, de forma a agregar valor.
Fisicamente, os bridges são muito parecidos com um ponto de acesso, já que os componentes básicos são os mesmos. Em geral eles são um pouco mais baratos, mas isso varia muito de acordo com o mercado a que são destinados. A seguir temos o D-Link DWL-3150 e o Linksys WET54G, dois exemplos de bridges de baixo custo:
Continuando, existe também a possibilidade de criar redes ad-hoc, onde dois ou mais micros com placas wireless se comunicam diretamente, sem utilizar um ponto de acesso, similar ao que temos ao conectar dois micros usando um cabo cross-over.
No modo ad-hoc a área de cobertura da rede é bem menor, já que a potência de transmissão das placas e a sensibilidade das antenas são quase sempre menores que as do ponto de acesso e existem outras limitações, mas apesar disso as redes ad-hoc são um opção interessante para criar redes temporárias, sobretudo quando você tem vários notebooks em uma mesma sala. Na época do 802.11b, as redes ad-hoc ofereciam a desvantagem de não suportarem encriptação via WPA, o que tornava a rede bastante insegura. Mas, o suporte ao WPA está disponível ao utilizar clientes com placas 802.11g ou 802.11n e pode ser ativado na configuração da rede.
Próximo post: Tipos de placas
Redes wireless, parte 1: Uma introdução
O grande problema em utilizar cabos é que o custo do cabeamento cresce exponencialmente junto com o número de clientes e a distância a cobrir. Montar uma rede entre 3 ou 4 micros em um escritório acaba saindo barato, pois você precisa apenas de um switch e alguns metros de cabos, mas cabear uma rede com 500 estações, incluindo diversos andares de um prédio (por exemplo) acaba sendo muito caro. Além disso, uma rede cabeada oferece pouca flexibilidade; se você precisar mudar alguns micros de lugar ou adicionar novas estações à rede, vai precisar alterar o cabeamento.
Existem ainda muitas situações onde simplesmente não é viável utilizar cabos, como no caso de prédios antigos, onde não existem canaletas disponíveis e em situações onde é necessário interligar pontos distantes, como dois escritórios situados em dois prédios diferentes por exemplo, onde você precisaria adquirir uma linha dedicada entre os dois pontos, com a empresa de telefonia local (o que é caro) ou criar uma VPN, via internet (o que resultaria em uma conexão lenta e com muita latência).
Nos últimos anos as redes wireless caíram de preço e se tornaram extremamente populares. Configurar uma rede wireless envolve mais passos do que uma rede cabeada e um número muito maior de escolhas, incluindo o tipo de antenas e o sistema de encriptação a utilizar, sem falar no grande volume de opções para otimizar a conexão presentes na interface de administração do ponto de acesso.
próximo post: A topologia básica
Redes wireless Tutorial
A partir de hoje estarei postando um tutorial dividido em partes, mostrando tudo e como funciona a rede wireless, cáculos, antenas, conectores...
Vale a pena conferir, eu mesmo li e aprovei, encontrei esses textos a algum tempo na internet, se não me engano no GDH, e estou repassando para vocês.
Uma boa leitura e boa aprendizagem a todos!
"Anteneiros" de plantão...
Vale a pena conferir, eu mesmo li e aprovei, encontrei esses textos a algum tempo na internet, se não me engano no GDH, e estou repassando para vocês.
Uma boa leitura e boa aprendizagem a todos!
"Anteneiros" de plantão...
segunda-feira, 25 de outubro de 2010
Transformada (T-Mágico)
Para quem não conhece Gilvan Enriconi é um engenheiro dos mais polêmicos na área de redes sem fio, com sua invensões como o STUB, e agora o T-Mágico. Segue abaixo uma de suas apresentações do famoso T-Mágico.
A PRIMAVERA WIRELESS
O recurso existente no MK chamado de Nstreme Dual serve para usar dois cartões numa mesma placa de forma que um cartão funcione como TX e o outro como Rx. O seu objetivo é construir um link chamado “full duplex”. Grande invenção. Com este procedimento você irá dobrar o throghput no enlace. Quando usarmos este recurso devemos usar antena com polarização dupla ou duas antenas de cada lado. Mas há um porém.
Atenção, o processador e o roteador estão na placa RB da MK e continuará com a sua mesma capacidade, mesmo depois de implementado o Nstreme. O número de clientes que pode ser atendido é definido por esta capacidade da placa.
Se o interesse for o de dobrar o throghput do enlace tens que observar se não estamos pedindo que o throghput fique maior que o throghput da placa, claro que isso seria impossível.
No entanto, em muitos enlaces necessitamos ter na placa throghput maiores para atender uma grande LAN no seus extremos, a solução então é usar o T Mágico. Ligue duas placas MK cada uma com um cartão no T Mágico e este ligue na antena. Grande jogada né?
Tudo é uma questão de adequação entre a arquitetura da instalação e a sua necessidade. T Mágico não veio para substituir, mas para fazer parte de um conjunto de soluções. Vou dar um exemplo:
Se a torre não suporta mais outra antena, o T Mágico é a solução.
Uma boa implantação num POP com apenas 20 clientes dentro de um raio de 4km, seria feita com a instalação de uma antena Omini mais uma placa e um cartão. Quando o POP crescer e o número de clientes ultrapassarem a capacidade da placa do MK, você deve instalar outra placa com cartão na mesma antena Omini acrescentando o T Mágico. Se o POP continuar crescendo repita a instalação. O último passo será instalar antenas setoriais com T Mágico e placas MK. Considere sempre que os canais escolhidos devem sempre estar separados por três canais.
Dizer que uma antena setorial é melhor que uma antena omini é o mesmo que dizer que o verão é melhor que o inverno, não tem cabimento.
O crescimento obriga á mudanças na arquitetura, o importante é saberes para que serve o T Mágico e o que podes fazer com ele, então no seu caminho sempre haverá uma primavera.
No caso de um ponto á ponto com antenas direcionais considere também que existe uma diferença entre o throghput do enlace e a capacidade do rádio. Se o interesse for o de dobrar o throghput do enlace podes fazê-lo com o T Mágico ou com o alimentador duplo usando uma placa e dois cartões, mas se quiseres dobrar a capacidade instalada, terás que usar o T Mágico com duas placas MK cada uma com um cartão. Esta é a primavera.
Muito mais teria a conversar sobre o T Mágico com aqueles que sabem perder tempo na vida, com aqueles que conseguem perceber que um fenômeno nunca é um caso isolado na natureza, para aquele anteneiros que nunca deixam o encanto passar por desapercebido na sua frente. Querem ver?
Se num T Mágico entrar por um lado o medo e por o outro lado o respeito o que sai é a admiração. A psicologia também nos inspira a compreender a Física e ela tambem possui a sua magia.
Ando meio ocupado organizando meu próximo curso que será em São Paulo ainda este mês. Estão me fazendo perguntas cada vez mais difíceis de responder, Então, nas madrugadas longas enquanto as estrelas se exibem no céu eu preparo o curso para me exibir na terra. De dia as estrelas voltam para o seu berço, enquanto eu continuo no palco representando o meu papel. Sei que não existem muitos papeis, que todos se repetem, por isso olho para as pessoas parecidas comigo, para ver se enxergo nos seus olhos algum desejo sublimado de trocar a polaridade humana para a derradeira posição horizontal. Digam-me caros jovens, isso também não é um T Mágico?
Um abraço e até a próxima primavera.
Gilvan
Google Instant: mais uma dificuldade para os provedores de Internet wireless
Para quem não conhece, o Google Instant é uma nova forma de pesquisa, criada pelo Google.Por enquanto, está disponível apenas para os usuários nos EUA, Russia, Reino Unido e algunsoutros países, mas seguramente será - em breve - disponibilizada para o Brasil.
Com o Google Instant, você não precisa pressionar ENTER ou clicar no botão OK para fazer a busca, você vai digitando e - automaticamente - os resultados possíveis vão aparecendo na tela.
O argumento do Google é bem simples: uma busca no Google leva menos de meio segundo, mas o usuário pode levar 15 segundos ou mais para digitar o que quer. Por outro lado, muitas vezes não seria necessário o usuário digitar tudo para encontrar o que deseja.
Por exemplo, se o usuário quer procurar por "viagem Salvador", talvez apenas digitando "Viagem Salv" o Google entenda o que ele deseja. Com o Google Instant, a cada letra é realizada uma busca, de forma que o usuário pode saber facilmente quando pode parar de digitar e começar a navegar.
O Excesso de Tráfego
O grande problema do Google Instant é que ele irá demandar muito mais tráfego.
Qualquer provedor sabe que existem diversos perfis de usuários: os avançados com Rapidshare, Download Accelerator, Bitorrent e os básicos, que ficam no email e navegação web.
Com isso existe um balanço entre o consumo de banda por usuário, aonde os usuários básicos consomem pouca banda, e de maneira esporádica: acessam uma página (um pico de tráfego) e ficam alguns minutos lendo (pouco tráfego).
O problema do Google Instant é que a cada letra digitada, o usuário irá receber uma página completa (inclusive com imagens e figuras). Isso quer dizer que os usuários básicos, que antes demandavam pouca banda, se tornarão - da noite para o dia - consumidores mais agressivos de banda.
Além disso esses mesmos usuários, ao se acostumarem com o Google Instant, irão exigir dos provedores banda suficiente para que o Google Instant funcione adequadamente. Para piorar, o Google desabilita automaticamente o Google Instant quando a conexão está lenta, mas também avisa ao usuário, que seguramente irá usar esse aviso para abrir reclamações no provedor.
Para os provedores de acesso Internet wireless, que compartilham a banda com vários usuários, isso poderá se tornar um problema. E não se trata de limitar a banda de cada usuário, mas sim do fato de que cada usuário irá consumir quase que constantemente sua banda máxima permitida (o que irá diminuir em muito a capacidade dos provedores de sobrescreverem a rede).
Assim os provedores devem se preparar (e prepara seu time de suporte) para o momento em que o Google Instant entrar em operação no Brasil.
Saiba Mais:
[1] About Google Instant: http://www.google.com/instant/
Com o Google Instant, você não precisa pressionar ENTER ou clicar no botão OK para fazer a busca, você vai digitando e - automaticamente - os resultados possíveis vão aparecendo na tela.
O argumento do Google é bem simples: uma busca no Google leva menos de meio segundo, mas o usuário pode levar 15 segundos ou mais para digitar o que quer. Por outro lado, muitas vezes não seria necessário o usuário digitar tudo para encontrar o que deseja.
Por exemplo, se o usuário quer procurar por "viagem Salvador", talvez apenas digitando "Viagem Salv" o Google entenda o que ele deseja. Com o Google Instant, a cada letra é realizada uma busca, de forma que o usuário pode saber facilmente quando pode parar de digitar e começar a navegar.
O Excesso de Tráfego
O grande problema do Google Instant é que ele irá demandar muito mais tráfego.
Qualquer provedor sabe que existem diversos perfis de usuários: os avançados com Rapidshare, Download Accelerator, Bitorrent e os básicos, que ficam no email e navegação web.
Com isso existe um balanço entre o consumo de banda por usuário, aonde os usuários básicos consomem pouca banda, e de maneira esporádica: acessam uma página (um pico de tráfego) e ficam alguns minutos lendo (pouco tráfego).
O problema do Google Instant é que a cada letra digitada, o usuário irá receber uma página completa (inclusive com imagens e figuras). Isso quer dizer que os usuários básicos, que antes demandavam pouca banda, se tornarão - da noite para o dia - consumidores mais agressivos de banda.
Além disso esses mesmos usuários, ao se acostumarem com o Google Instant, irão exigir dos provedores banda suficiente para que o Google Instant funcione adequadamente. Para piorar, o Google desabilita automaticamente o Google Instant quando a conexão está lenta, mas também avisa ao usuário, que seguramente irá usar esse aviso para abrir reclamações no provedor.
Para os provedores de acesso Internet wireless, que compartilham a banda com vários usuários, isso poderá se tornar um problema. E não se trata de limitar a banda de cada usuário, mas sim do fato de que cada usuário irá consumir quase que constantemente sua banda máxima permitida (o que irá diminuir em muito a capacidade dos provedores de sobrescreverem a rede).
Assim os provedores devem se preparar (e prepara seu time de suporte) para o momento em que o Google Instant entrar em operação no Brasil.
Saiba Mais:
[1] About Google Instant: http://www.google.com/instant/
Fifa aprova tecnologia para a linha do gol
Rogerio Jovaneli, de INFO OnlineQuarta-feira, 20 de outubro de 2010 - 18h21
Getty Images |
Na Copa da África do Sul, o árbitro Jorge Larrionda e seus auxiliares não viram a bola chutada pelo inglês Frank Lampard passar a linha do gol |
SÃO PAULO – Em assembléia nesta quarta, a International Board, órgão da Fifa que rege as regras do
futebol, deu sinal verde para o uso da tecnologia.
futebol, deu sinal verde para o uso da tecnologia.
Na reunião, realizada no País de Gales, os membros da entidade aprovaram a adoção do recurso, mas apenas para solucionar lances duvidosos na linha do gol, a fim de determinar se a bola entrou ou não.
“A tecnologia será aplicada somente à linha de fundo e apenas para determinar se um gol foi marcado
ou não”, diz um dos “princípios” da nova ferramenta, segundo os velhinhos da Board, que não abrem
mão da precisão do novo recurso.
ou não”, diz um dos “princípios” da nova ferramenta, segundo os velhinhos da Board, que não abrem
mão da precisão do novo recurso.
“É obrigatório que a indicação de ter ou não ter sido gol seja imediata e automaticamente confirmada
dentro de um segundo”, diz outro “princípio”.
dentro de um segundo”, diz outro “princípio”.
Segundo os membros da entidade, a indicação de ter sido ou não gol será comunicada somente aos integrantes da arbitragem.
A Fifa definiu prazo até o fim de novembro deste ano para que as empresas interessadas na oferta
do serviço façam uma apresentação inicial de suas tecnologias.
do serviço façam uma apresentação inicial de suas tecnologias.
Também está previsto um período de testes, com um determinado número de empresas, antes da Assembleia Geral Anual da International Board, a ser realizada entre os dias 4 e 6 de março de 2011,
quando serão definidas as próximas etapas do processo de adoção do recurso tecnológico.
quando serão definidas as próximas etapas do processo de adoção do recurso tecnológico.
EUA terão nova rede sem fio em 2011
NOVA YORK - Empresas e consumidores americanos terão mais opções de serviços de banda larga sem fio a partir do ano que vem, com a estréia de uma rede que aquecerá a concorrência entre operadoras.
A firma de private-equity Harbinger Capital Partners revelou hoje detalhes sobre o lançamento da sua rede sem fio, chamada LightSquared, que abrangerá 92% da população até 2015.
Essa é um tipo inédito de entrada no mercado sem fio. A LightSquared deve começar a oferecer serviços no segundo semestre de 2011 em Las Vegas, Phoenix, Denver e Baltimore. Salvo
sábado, 23 de outubro de 2010
O básico de Radio Mobile em vídeo tutorial!
Olá!
Esse é meu primeiro post no meu blog, sobre um assunto que goso muito e gostaria de compartilhar com outros que saibam mais do que eu!
Oque será dito abaixo peguei com meu amigo Jackson E. Deus, copiei do seu blog e estou divulgando.
Segue:
Hoje venho falar um pouco do Radio Mobile, esse maravilhoso software dedicado aos cálculos de enlaces de rádios amadores que conquistou quase todos os profissionais de redes sem fio.
Faço esse artigo pensando nos profissionais e amantes de redes sem fio, que por um acaso ainda não tiveram contato com o Radio Mobile ou não conseguiram "entender" ele.
Montei um pequeno video-tutorial contendo o uso básico do software, simulando um enlace PTP entre as cidades de Mirassol e São José do Rio Preto.
A página oficial
O autor do programa se chama Roger Coudé e a página oficial é: http://www.cplus.org/rmw/howto.html
No site do autor existem vários How-To sobre o sistema, segue o link:
http://www.cplus.org/rmw/howto.html
O instalador
No mesmo site contém o software para download, eu disponibilizei uma versão no meu espaço do 4shared que pode ser baixado nesse link:
http://www.4shared.com/file/KAINDGzb/Radio_Mobile_Instalador.html
O Video-Tutorial
O video-tutorial se encontra nesse link:
http://www.4shared.com/file/OdADPvtu/Tutorial-Radio-Mobile.html
Agradecimentos ao Marcelo Meddeiros da Fiorilli Soluções Tecnológicas que foi o parceiro que me deu as primeiras explicações e demonstrações de uso do software.
Eu espero que seja útil para alguém!! ;)
Esse é meu primeiro post no meu blog, sobre um assunto que goso muito e gostaria de compartilhar com outros que saibam mais do que eu!
Oque será dito abaixo peguei com meu amigo Jackson E. Deus, copiei do seu blog e estou divulgando.
Segue:
Hoje venho falar um pouco do Radio Mobile, esse maravilhoso software dedicado aos cálculos de enlaces de rádios amadores que conquistou quase todos os profissionais de redes sem fio.
Faço esse artigo pensando nos profissionais e amantes de redes sem fio, que por um acaso ainda não tiveram contato com o Radio Mobile ou não conseguiram "entender" ele.
Montei um pequeno video-tutorial contendo o uso básico do software, simulando um enlace PTP entre as cidades de Mirassol e São José do Rio Preto.
A página oficial
O autor do programa se chama Roger Coudé e a página oficial é: http://www.cplus.org/rmw/howto.html
No site do autor existem vários How-To sobre o sistema, segue o link:
http://www.cplus.org/rmw/howto.html
O instalador
No mesmo site contém o software para download, eu disponibilizei uma versão no meu espaço do 4shared que pode ser baixado nesse link:
http://www.4shared.com/file/KAINDGzb/Radio_Mobile_Instalador.html
O Video-Tutorial
O video-tutorial se encontra nesse link:
http://www.4shared.com/file/OdADPvtu/Tutorial-Radio-Mobile.html
Agradecimentos ao Marcelo Meddeiros da Fiorilli Soluções Tecnológicas que foi o parceiro que me deu as primeiras explicações e demonstrações de uso do software.
Eu espero que seja útil para alguém!! ;)
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